top of page
Buscar


13º OLHAR DE CINEMA | O Rancho da Goiabada, ou Pois é Meu Camarada Fácil, Fácil Não é a Vida, de Guilherme Martins (Idem, 2024)
Na mistura entre ficção e realidade, Guilherme Martins coloca seu personagem nas ruas para explorar a precarização do trabalho no Brasil. É de conhecimento geral, a partir da mídia e da própria experiência de cada um como brasileiro, a noção da complexidade do trabalho no país, das desigualdades, das injustiças e das constantes crises em que nos encontramos face o mundo. Muitos possuem subempregos – as vezes nem registrados -, sem direitos, garantias ou menos ainda segurança.

Henrique Debski
28 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | As Noites Ainda Cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa (Idem, 2024)
Inadelso Cossa deseja falar sobre a guerra civil de Moçambique de perto, mas não sabe contornar as dificuldades em documentar o que não quer ser lembrado. O ritmo lento e silencioso de As Noites Ainda Cheiram a Pólvora são fruto da busca do cineasta moçambicano Inadelso Cossa por um documentário a respeito da memória da Guerra Civil de Moçambique sob a ótica do próprio povo, cujas histórias e depoimentos costumam ficar esquecidas em meio aos livros de história, que registram

Henrique Debski
27 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | Caminhos Cruzados, de Levan Akin (Crossing, 2024)
Os Caminhos Cruzados de Levan Akin nos fazem refletir sobre nossas escolhas para com os outros. O cinema recente do sueco Levan Akin funciona como um grande reflexo de sua percepção acerca da Georgia, ex-integrante da União Soviética, e de onde descende sua família. Hoje livre e independente, a imagem feita pelo cineasta, desde E Então Nós Dançamos , revela um país exageradamente conservador, habitado por um povo autoritário e, sobretudo, homofóbico. E se em seu filme anterio

Henrique Debski
26 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | Greice, de Leonardo Mouramateus (Idem, 2024)
Greice ironiza Portugal a partir da ótica brasileira, e abraça a cultura e o sotaque cearense através de uma personagem única. Desde os primeiros minutos, Leonardo Mouramateus estabelece que a imprevisibilidade é o maior atributo de Greice , tanto da narrativa quanto da própria personagem que a nomeia. Todo o mistério calmamente construído por toda a cena inicial, que junta pedaços e se desenvolve à medida que o filme avança, brinca com a desconfiança do público em relação ao

Henrique Debski
25 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | A Mensageira, de Cláudio Marques (Idem, 2024)
A Mensageira discute o aparelhamento da Justiça e a corrupção no Poder Judiciário através de thriller lento e angustiante. Logo em sua primeira cena, A Mensageira já coloca o espectador diante do dilema moral encarado pela protagonista Íris (vivida por Clara Paixão), uma oficial de justiça que acredita na eficiência da lei e no poder Judiciário. No cumprimento de um mandado, o diretor Claudio Marques a filma parada, assistindo à destruição de moradias populares de uma comunid

Henrique Debski
21 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | Caixa de Areia, de Lucas Azémar e Charlotte Cherici (Bac a Sable, 2024)
Na imensidão da Caixa de Areia que é o ambiente do GTA RP, Charlotte Cherici e Lucas Azémar documentam as vidas virtuais de pessoas reais. Antes de um eficiente documentário existencialista, Caixa de Areia é uma grande prova do potencial de exploração dos videogames sob uma ótica cinematográfica. Na intenção de buscar documentar a comunidade de um servidor online de GTA RP (uma modificação do jogo que permite um modo “role play”, ou “vida real”), a dupla de diretores Charlott

Henrique Debski
20 de jun. de 20243 min de leitura


13º OLHAR DE CINEMA | Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser, de Klára Tasovská (Ještě Nejsem, Kým Chci Být, 2024)
Através das fotografias da própria biografada, Klára Tasovská arrisca na forma de seu documentário sobre Libuse Jarcovjakova. Entre todas as formas possíveis de se apresentar e debater a persona e o trabalho da fotógrafa tcheca Libuse Jarcovjakova, creio que a diretora Klára Tasovská encontrou, em Eu Não Sou Tudo Aquilo que Quero Ser , o meio ideal: um retrato contado por e pela própria biografada, através de sua arte. Longe das engessadas entrevistas em frente à câmera, a

Henrique Debski
19 de jun. de 20243 min de leitura
bottom of page

