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CRÍTICA | Vivo ou Morto, de Rian Johnson (Wake Up, Dead Man, 2025)
Rian Johnson elege a culpa como temática central de Vivo ou Morto , satiriza discursos fanáticos dentro do catolicismo, em ‘whodunit’ bem elaborado – e o mais divertido da franquia Knives Out até o momento. A cada nova entrada na franquia Knives Out , é como se Rian Johnson se sentisse mais confortável dentro de seu universo de “murder mysteries” investigados pelo excêntrico detetive Benoit Blanc, vivido por Daniel Craig. Aos poucos, o cineasta, em seus diferentes casos, ex

Henrique Debski
há 4 horas4 min de leitura


IX MORCE-GO VERMELHO | Entrevista com Fabián Forte, um dos diretores de "Retratos do Apocalipse"
Em conversa com Fabián Forte, o cineasta reflete sobre o cinema de horror, antologias, seu segmento Ratas , parte do longa episódico Retratos do Apocalipse , e o atual momento de dificuldades pelo qual passa o cinema argentino. O interessantíssimo longa-metragem argentino Retratos do Apocalipse representa a visão criativa e ambição artística de três diretores – Fabián Forte, Nicanor Loreti e Luca Castello –, em uma antologia de zumbis produzida com baixíssimo orçamento, e mu

Henrique Debski
há 2 dias8 min de leitura


CRÍTICA | Casa de Dinamite, de Kathryn Bigelow (A House of Dynamite, 2025)
No retorno de Bigelow ao cinema de guerra, os Estados Unidos perdem a invulnerabilidade, em uma provocação sobre a eficácia da segurança nacional e os protocolos para caso sejam atacados. Até certo ponto, existe uma natural tolerância dos norte-americanos em aceitar críticas à cultura do próprio país, principalmente quando advinda de cineastas locais. No entanto, ao questionar sua hegemonia global, e levantar questões quanto à segurança nacional, sem demonstrar heroísmo e p

Henrique Debski
há 4 dias4 min de leitura


IX MORCE-GO VERMELHO | Entrevista com Felipe Hintze (ator) e João Fenerich (ator e produtor), do longa "Consequências Paralelas"
Felipe Hintze e João Fenerich contam sobre a produção de Consequências Paralelas , entre os desafios da composição de seus personagens, as dinâmicas do set, os reconhecimentos, em solo brasileiro e no estrangeiro, e planos para o futuro. João Fenerich e Felipe Hintze em foto no set de Consequências Paralelas . Nesta primeira entrevista do Cineolhar, realizada durante a cobertura do IX Festival MorceGO Vermelho, tive a oportunidade de conversar com Felipe Hintze, ator, e Joã

Henrique Debski
4 de dez.26 min de leitura


CRÍTICA | Wicked – Parte II, de Jon M. Chu (Wicked For Good, 2025)
Wicked – Parte II desperdiça toda a construção do primeiro longa para focar nas conexões com O Mágico de Oz , gerando, para além de inconsistências, resoluções problemáticas. Ainda me lembro muito bem da sensação de encantamento que tive para com o universo de Wicked arquitetado por Jon M. Chu, ao término da primeira parte, em novembro do ano passado. Inclusive, cheguei por mais de uma vez (tanto pessoalmente, em conversas com amigos, quanto na própria crítica do filme) a c

Henrique Debski
2 de dez.5 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Blue Moon, de Richard Linklater (Idem, 2025)
Da alegria empolgante à arrogância, tristeza e tragédia, Richard Linklater, em Blue Moon , desconstrói o compositor Lorenz Hart, através de um poderoso estudo de personagem. Na abertura de Blue Moon , logo antes da primeira cena, Richard Linklater coloca duas citações em tela, parte de relatos verídicos de pessoas distintas enquanto falavam da persona retratada no filme, o genial compositor norte-americano Lorenz Hart. São elas advindas do também compositor Oscar Hammerstei

Henrique Debski
29 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | A História do Som, de Oliver Hermanus (The History of Sound, 2025)
A frieza e distância da direção de Oliver Hermanus em A História do Som torna a reunião de Paul Mescal e Josh O’Connor em drama queer uma experiência esquecível. Como já diz o ditado popular, a expectativa é a mãe da decepção. Quando de sua estreia na prestigiada competitiva de Cannes, lembro-me de que as primeiras reações para com A História do Som foram de pura decepção, especialmente por parte de amigos e colegas que cobriam o festival. E de fato, não posso julgar tal s

Henrique Debski
28 de nov.5 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (Idem, 2025)
Por meio da metalinguagem, Guto Parente explora o luto em Morte e Vida Madalena , e encontra no cinema uma forma de terapia e homenagem. A arte, especialmente na forma do cinema, oferece uma vastidão de possibilidades para serem exploradas ao que quer que se tenha a dizer. Enquanto alguns se voltam ao registro da vida em sua realidade, a procurando a partir do documentário, por exemplo; outros buscam refúgio na ficção para a mesma finalidade, executada de outra maneira, ou me

Henrique Debski
26 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Fiume o Morte!, de Igor Bezinovic (Idem, 2025)
Entre o contra-arquivo e a metalinguagem, Igor Bezinovic experimenta com o documentário em Fiume ou Morte! , desconstruindo a figura de Gabrielle D’Annuzio durante sua ocupação de Fiume. Outrora, até pouco depois da Primeira Guerra Mundial, parte da atual cidade de Rijeka, na Croácia, tinha outro nome: Fiume. O território, que ao longo de séculos passou de mão em mão entre governos de francos, austríacos e húngaros, foi palco de um incidente interessante logo após a primeir

Henrique Debski
25 de nov.4 min de leitura


IX MORCE-GO VERMELHO | Um Conto de Pescadores, de Edgar Nito (Un Cuento de Pescadores, 2025)
A maldade e o egoísmo humano movem a invencível antagonista mitológica de Um Conto de Pescadores , enquanto se fortalece a partir do pecado. A tradição hollywoodiana do horror de maldição, como durante muito tempo, e ainda hoje, perdura em diversas produções, quase anualmente, se constrói na intenção da pessoa amaldiçoada buscar, de alguma maneira, pela quebra da maldição e o enfrentamento da entidade sobrenatural que a persegue. Na contramão dessa cartilha, o cinema de hor

Henrique Debski
21 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Rose of Nevada, de Mark Jenkin (Idem, 2025)
Mark Jenkin acredita reinventar a roda da viagem no tempo, mas Rose of Nevada apenas recicla ideias batidas e se recusa a dar respostas para soar mais complexo do que realmente é. Já logo na primeira cena de Rose of Nevada , ao mostrar imagens da natureza até a mão do ser humano, ao redor de alguma cidade litorânea na costa britânica, sem qualquer trilha sonora ao fundo, na forma de planos bastante contemplativos durante alguns minutos, já nos oferece uma visão clara do for

Henrique Debski
20 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Águias da República, de Tarik Saleh (Eagles of the Republic, 2025)
Em Águias da República , Tarik Saleh usa da metalinguagem para explorar o uso do cinema como propaganda, em um Egito autocrático e religioso. Ainda que nascido em Estocolmo, na Suécia, toda a filmografia autoral do cineasta Tarik Saleh direciona o olhar do espectador ao Egito, país natal de seu pai, e com o qual guarda evidente carinho, apesar do regime fascista, e especialmente seu conservadorismo religioso, dos quais não poupa esforços, e palavras, para criticar, agora na

Henrique Debski
19 de nov.4 min de leitura


IX MORCE-GO VERMELHO | Nico, de Salomón Reyes (Idem, 2025)
Em Nico, a abordagem do luto como temática central vem acompanhada de uma série de elementos mal desenvolvidos, em terror descompassado que parece o projeto de um filme inacabado. Tal como a morte costuma ser um elemento muito presente no cinema de terror, desde o primeiro filme do gênero, Le Manoir du Diable (1896), de George Méliès, recentemente sua abordagem muito tem-se voltado, também, ao aspecto do luto. Ainda que o fim da vida seja motivo de enorme temor para muitos

Henrique Debski
17 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Foi Apenas um Acidente, de Jafar Panahi (Yek Tasadef Sadeh, 2025)
Em Foi Apenas um Acidente , Jafar Panahi discute a banalidade do mal, e um sentimento de vingança contra o violento regime iraniano – vale a pena retribuir a dor na mesma moeda? Durante a conversa com o diretor Jafar Panahi após a primeira exibição de Foi Apenas um Acidente na 49ª Mostra de São Paulo, questionado sobre a possibilidade de um aspecto pessoal no longa, como de costume em sua filmografia, o cineasta negou ser o filme necessariamente sobre si. Entretanto, conhe

Henrique Debski
16 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Pai, Mãe, Irmã, Irmão, de Jim Jarmush (Father, Mother, Sister, Brother, 2025)
Em três histórias, Jim Jarmush extrai pouco de Pai, Mãe, Irmã, Irmão , preocupando-se mais com as relações formais entre elas, e propagandas de marcas famosas, do que realmente com aquilo que pretendem contar. A competitiva deste ano do Festival de Veneza foi tomada por polêmicas, fofocas e especulações. Enquanto A Voz de Hind Rajab conquistava as lágrimas e os aplausos do público, esperando-se que recebesse o prêmio máximo, boatos indicavam que discussões e até brigas ent

Henrique Debski
15 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Aurora 15, de José Eduardo Belmonte (Idem, 2025)
Filmado há uma década, Aurora 15 é um exercício de cinema de gênero confuso, pensado às pressas por uma equipe e elenco talentosos, que não salvam o projeto do esquecimento. Antes do início da sessão no CineSesc, na première do filme na 49ª Mostra de São Paulo, o elenco e equipe de Aurora 15 foi à frente da sala para uma rápida apresentação da obra. O renomado produtor brasileiro Rodrigo Teixeira tomou as rédeas da idealização do projeto, e dispôs-se a explicar suas origens

Henrique Debski
15 de nov.3 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | A Incrível Eleanor, de Scarlett Johansson (Eleanor the Great, 2025)
Entre a valorização da fé judaica e a superação do luto, a estreia de Scarlett Johansson na direção não assume riscos e abraça a previsibilidade, mas encontra na atuação de June Squibb sua verdadeira alma. Um dos momentos mais sombrios da História, o Holocausto ainda hoje continua sendo a temática de muitas produções cinematográficas anualmente. Dentro desse recorte histórico da Segunda Guerra Mundial, já assistimos a diversas abordagens, desde as mais dramáticas, reconstit

Henrique Debski
14 de nov.4 min de leitura


IX MORCE-GO VERMELHO | Alucina, de Javier Cutrona (Idem, 2025)
Utilizando-se da fantasia como forma de materializar a depressão, Alucina é um mergulho na mente de uma protagonista misteriosa, atormentada pelo passado, buscando cicatrizar as próprias feridas e compreender a si. Enquanto alguns filmes encaram o espectador como mera testemunha dos fatos narrados, os visualizando de fora e apenas dependendo das manifestações e reações dos personagens para compreendê-los, sem uma grande preocupação com seu envolvimento naquele universo, out

Henrique Debski
13 de nov.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Abaixo das Nuvens, de Gianfranco Rosi (Sotto le Nuvole, 2025)
Gianfranco Rosi filma bastante e constrói belas composições visuais, mas não deixa de tornar seu Abaixo das Nuvens um documentário inócuo sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Já não é a primeira vez neste ano que conto esse detalhe peculiar de minha graduação em Direito. Na realidade, não é algo que se refere diretamente à área, mas guarda relação com o espaço acadêmico como um todo, e da mesma maneira que se escreve um projeto de pesquisa ou um artigo científico, vale também

Henrique Debski
12 de nov.3 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Atropia, de Hailey Gates (Idem, 2025)
Em ritmo de desconstrução, Atropia satiriza a cultura militarista norte-americana, e se aproveita da metalinguagem para rejeitar convenções hollywoodianas. " A guerra é uma forma de Deus ensinar geografia aos americanos " (atribuída à Mark Twain). A citação inicial de Atropia , apresentada em tela antes do longa começar, é excelente em definir, desde cedo, o rumo de sua crítica à sociedade norte-americana, bem como ao seu aspecto de contracultura, em uma proposta bem-suced

Henrique Debski
11 de nov.4 min de leitura
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