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15º FESTIVAL CINEFANTASY | Dario Argento Panico, de Simone Scafidi (Idem, 2023)

  • Foto do escritor: Henrique Debski
    Henrique Debski
  • 4 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

Entre a homenagem, no documentário Dario Argento Panico Simone Scafidi parte de "quem é Dario Argento" em direção ao transbordar do cineasta para o mundo.


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A importância de Dario Argento para o cinema de terror é inquestionável, e sua influência para o cinema contemporâneo pode ser vista em diversas obras, inclusive recentes, cuja estética do giallo tem voltado a ser lembrada e referenciada, especialmente nos EUA.

 

Exibido no Festival de Veneza, e sendo o filme de abertura do 15º Festival Cinefantasy, “Dario Argento Pânico” funciona como um filme-tributo para a persona retratada. Ao longo de seus pouco mais de 90 minutos, conhecemos as origens de Argento, seu ingresso na arte cinematográfica e passeamos entre as memórias daqueles que com ele trabalharam ao longo da carreira, em uma linha narrativa que flui, com profundidade, desde seu primeiro longa, “O Pássaro das Plumas de Cristal”, de 1973, até “Terror na Ópera”, em 1987.

 

É curioso, no entanto, que quando se aproxima de questões complexas, onde teria de colocar o dedo na ferida, o documentário de Simone Scafidi prefere se ater a detalhes específicos, e não adentrar propriamente ao assunto, como faz com todo o cinema de Argento dos anos 1990 em diante.

 

Da mesma forma, Scafidi, na condução de seu filme, inicialmente cria expectativas que, posteriormente, são frustradas pelo próprio desenrolar da obra. Isso porque, nos primeiros minutos, o diretor ensaia para a construção de um documentário de forma versátil, quando, na verdade, abraça o tradicionalismo, ao apostar em entrevistas e imagens de arquivo, sem buscar por algum tipo de experimentação, como sugeriu, mesmo sem a intenção.

 

No entanto, apesar das omissões e do conservadorismo formal do documentário, “Dario Argento Pânico” é importante em como se aprofunda na persona de Argento a partir de inúmeros pontos de vista, e inclusive do próprio Argento. Conhecemos assim o cineasta mais de perto, na forma como trabalha, dirige e idealiza seus filmes, a partir de uma mente metódica, genial e até perturbada, tornando-se um ótimo registro para eternizar a memória do cineasta.


Avaliação: 3.5/5

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