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49ª MOSTRA DE SP | Ruas da Glória, de Felipe Sholl (Idem, 2025)
Ruas da Glória propõe um olhar voltado à marginalização de uma comunidade, sem perceber que seu retrato apenas fortalece a posição que busca criticar. Os primeiros minutos de Ruas da Glória realmente pareciam muito promissores. Com a câmera voltada para o lado de fora da janela de um carro, acompanhamos a chegada do protagonista à cidade do Rio de Janeiro. Somos colocados em seu lugar, assistindo à paisagem urbana daquele local único, da nova realidade que passará a viver

Henrique Debski
28 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Kontinental ’25, de Radu Jude (Idem, 2025)
Em uma sociedade conformista, Kontinental ’25 buscar abrir os olhos em relação ao próximo, em uma reflexão sobre a falha capitalista na Romênia do século XXI. Ao entrar para assistir um filme de Radu Jude, a única coisa que não podemos esperar é uma narrativa formalmente quadrada, ou minimamente comum, quando construiu seu nome através de um cinema experimental provocativo, absurdista e, especialmente, anticapitalista, sempre traçando paralelos entre passado e presente para

Henrique Debski
27 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | O Som da Queda, de Mascha Schilinski (In Die Sonne Schauen, 2025)
Com uma atmosfera densa e depressiva, O Som da Queda nos imerge através da dor e explora a violência sofrida por mulheres de diferentes gerações de uma mesma família, em um ciclo interminável que perdura através do tempo. Desde seus primeiros instantes, a atmosfera de Sound of Falling é perturbadora. A partir de um corredor vazio, em uma casa rural, em uma Alemanha perdida em algum momento do século XX, vemos uma garota, aparentemente sem uma perna, andando com o uso de mul

Henrique Debski
25 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | À Paisana, de Carmen Emmi (Plainclothes, 2025)
À Paisana , durante boa parte do tempo, evita estereótipos em uma narrativa sensível de culpa, sobre o descobrimento da própria sexualidade nos difíceis anos 90. Ao longo da projeção, o que mais pensei a respeito de Plainclothes é o como a obra exala, em corpo e alma, um espírito típico do Festival de Sundance, um dos primeiros a acontecer no ano, e dos principais quando o assunto é o cinema independente norte-americano – não só estreou no festival, como também recebeu uma

Henrique Debski
24 de out.3 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Lurker, de Alex Russell (Idem, 2025)
Entre o parasitismo social e a obsessão, Lurker começa muito bem, mas aos poucos passa a se contradizer. A temática das relações e dinâmicas de poder no mundo da arte, onde o dinheiro corre solto e grupos de pessoas se formam no entorno do artista, como interesseiros, já foram objeto de estudo de inúmeros filmes ao longo das décadas – a título de exemplo, a biografia Elvis , de Baz Luhrmann, traz figuras similares no Coronel Parker até outros que apenas circundam o biografa

Henrique Debski
23 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Dracula, de Radu Jude (Idem, 2025)
Radu Jude brinca e experimenta com o Conde Drácula, em uma sátira social que traça um paralelo entre o histórico do personagem e as mudanças da própria Romênia. Ao se deparar com uma versão de Drácula , adaptação da consagradíssima obra de Bram Stocker, assinada por um cineasta como Radu Jude, naturalmente pode-se esperar qualquer coisa, exceto por um longa convencional, como tantos outros, de um dos personagens mais conhecidos da literatura e do cinema. Afinal, não é de ho

Henrique Debski
22 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Frankenstein, de Guillermo Del Toro (Idem, 2025)
O Frankenstein de Guillermo Del Toro questiona a verdadeira natureza da monstruosidade, em uma épica adaptação da obra de Mary Shelley. Adaptado por inúmeras vezes entre curtas, médias e longas-metragem desde os primórdios do cinema (com sua primeira versão datada de 1910, um curta de apenas 16 minutos), e posteriormente popularizado amplamente pela Universal na década de 1930, em seu universo de monstros, Frankenstein , escrito por Mary Shelley, é certamente uma das obras

Henrique Debski
21 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Eddington, de Ari Aster (Idem, 2025)
O faroeste pandêmico de Ari Aster atira para todos os lados, e deixa uma confusão: o que ou quem exatamente Eddington pretende satirizar? Um novo projeto com assinatura de Ari Aster tem sido uma verdadeira incógnita em termos de expectativa, para em relação ao filme como também para com seus resultados de bilheteria. Claramente que ambos os elementos se encontram, de certa maneira, atrelados um ao outro, mas este último se deve, especialmente, à maneira como a obra será ven

Henrique Debski
19 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Sirât, de Oliver Laxe (Idem, 2025)
Em Sirât , Oliver Laxe nos leva uma experiência sensorial e antropológica, rumo a uma desgastante jornada que questiona o valor das escolhas e suas consequências. Desde as primeiras reações sobre Sirât em sua estreia no Festival de Cannes, em maio deste ano, o novo longa de Oliver Laxe já tinha minha completa atenção. Muito cuidadoso em relação à dica de amigos que me recomendaram assistir ao filme com o mínimo de informações possíveis – como sempre costumo fazer, naturalme

Henrique Debski
17 de out.4 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Idílico, de Aaron Rookus (De Idylle, 2025)
Com humor ácido, Idílico brinca sobre a vida e a morte, entre as surpresas da vida e os infortúnios do viver. Uma das melhores partes da cobertura de festivais, e especialmente da Mostra de SP, é entrar para um filme despretensiosamente, como entrei para Idílico , do qual nunca tinha ouvido falar, em uma plena manhã de domingo, e se surpreender. Trata-se, neste caso, de uma comédia holandesa que coloca em perspectiva a temática da vida e da morte, da felicidade e da infel

Henrique Debski
16 de out.3 min de leitura


49ª MOSTRA DE SP | Bugonia, de Yorgos Lanthimos (Idem, 2025)
Em Bugonia , Yorgos Lanthimos refilma longa sul-coreano, e sob as mesmas bases revela seu pessimismo com os rumos da sociedade, enquanto a satiriza por meio de caricaturas. A expectativa para um novo filme de Yorgos Lanthimos é sempre a maneira exuberante que irá encontrar de ser mais “estranho” do que em seu projeto anterior, como parte do movimento d’A Estranha Onda Grega, de onde construiu, e difundiu, seu estilo característico de cinema. É praticamente uma constante em

Henrique Debski
7 de out.4 min de leitura
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